ESTADOS UNIDOS
EDITORA ACG – AMERICA’S COMIC GROUP
Em formato 16,5 x 25,5 , em preto e
branco e 36 páginas.
Dick Tracy é
um detetive das tiras de
quadrinhos e um personagem popular na cultura pop norte-americana.
A personagem é um detetive policial difícil de ser baleado, que atira rápido, e
muitíssimo inteligente que enfrentou uma grande variedade de, às vezes, vilões grotescamente
feios. Dick Tracy foi criado pelo cartunista Chester Gould em 1931 para uma tira de
quadrinhos do jornal que também se chamava Dick Tracy.
A tira, que estreou em 4 de outubro de 1931, foi distribuída pelo Chicago Tribune Syndicate.
Gould escreveu e desenhou a tira até 1977.
Chester Gould apresenta
inicialmente em suas tiras a violência urbana refletida em seu tempo e lugar, a
cidade de Chicago nos anos de 1930. Gould procurava se manter atualizado,
mostrando as mais recentes técnicas de combate ao crime, usava a ciência forense
e uma aparelhagem eletrônica mesmo com os casos do detetive geralmente acabando
em tiroteio. Nos anos 50 ele abordou temas como a corrupção, delinquência
juvenil e a televisão. Nessa época Gould sofreu algumas críticas ao mostrar
elementos familiares de Tracy, mostrando-o vivendo de forma ostentatória numa
grande casa e sendo proprietário até de um Cadillac. Ele chegou a criar uma
história em que Tracy foi acusado de corrupção e explicou suas posses, o que
não diminuiu as críticas. Na década de 60, a tira passou por um período
"espacial", com Tracy participando de aventuras na Lua e usando naves
espaciais de propulsão magnética. Em 1969 foi oferecido à Tracy o posto de
chefe de polícia do Vale Lunar, uma comunidade humana da Lua, talvez indicando
uma tendência de mudança do personagem para um tipo de "herói
espacial". Mas depois que as missões lunares daquele ano revelaram a Lua
como um satélite estéril, as tiras retornaram ao ambiente terrestre. Nos anos
1970 Tracy ganhou um bigode (logo descartado) e deixou o cabelo crescer.
Tracy encarava cada episódio
como um "Caso", com as tiras mostrando os criminosos cometendo o
crime e a posterior perseguição implacável de Tracy. Os vilões eram
indiscutivelmente o maior apelo das tiras.
Em outros temas usados, próprios
de "filmes
noir", Gould reflete sobre como pequenos delitos levam a outros
maiores. Os eventos se desenrolam sem controle e mostram como a vida pode ser
imprevisível e cruel. As traições se sucedem nas histórias: capangas são mortos
pelos empregadores, estes são traídos pelas namoradas e pessoas boas são mortas
por estarem no lugar e hora errados.
Nas pranchas dominicais do final dos anos de
1940, Gould incluiu um texto de guia para combatentes do crime amadores
("Dick Tracy's Crimestoppers"), apresentada por Junior Tracy. Esse
adendo durou até 1977. Depois foi substituido pela seção das "Galeria dos
Vilões" ("Dick Tracy's Rogues Gallery") até ser novamente
reintegrado nas tiras atuais por Max Allan Collins.
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